Brasil: Geração 2018 – Zagueiros

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Apesar da chuva de gols sofridos na Copa, o Brasil com Thiago Silva e David Luiz continua a ter a melhor dupla de zaga do mundo e com condição de jogar mais um mundial. Como se não bastasse, eles agora vão jogar juntos pelo PSG, aprimorando ainda mais o entrosamento dos dois. Além disso, os jovens zagueiros que vêm para disputar uma vaga na Copa da Rússia também são de uma qualidade impressionante.

Thiago Silva (PSG) – 29 anos

Thiago Silva (PSG)

O jogador do PSG estará com 33 anos em 2018, mas ninguém duvida que o atual melhor zagueiro do mundo se manterá em forma até lá. Caso não consiga, porém, sua importância no âmbito da liderança será muito útil na transição de uma seleção humilhantemente derrotada para outra, completamente diferente, com condições de ser campeã. Thiago Silva tem que continuar no time e continuar capitão.

David Luiz (PSG) – 27 anos

David Luiz (PSG)

Outrora um ilustre desconhecido para a maioria dos brasileiros (não para mim, que acompanhava o futebol português), David Luiz foi para o futebol inglês e na Seleção se tornou uma referência maior até do que Neymar para a torcida brasileira, pois aliava o carisma à capacidade técnica juntamente com a raça e a virilidade (coisa que o o nosso Camisa 10 talvez nunca tenha). Na Copa, foi o melhor jogador do Brasil até o fatídico Mineirazo, quando se posicionou mal em vários lances, tanto contra a Alemanha quanto contra a Holanda. Apesar disso, é um jogador de apenas 27 anos, com muita lenha para queimar. Tem de permanecer no time.

Dedé (Cruzeiro) – 26 anos

Dedé (Cruzeiro)

Apelidado de Dedéckembauer pela torcida vascaína, surgiu como um futuro titular de Seleção Brasileira, mas teve problemas físicos e técnicos que facilitaram sua saída do Vasco para o Cruzeiro. Lá, Dedé voltou a jogar bem, foi um dos melhores zagueiros do Brasileirão, mas não conseguiu cativar Felipão e ficou fora do mundial. Caso evolua, jogue num bom clube da Europa e não apresente contingências físicas, tem enormes chances de disputar sua primeira e provavelmente única Copa.

Manoel (Cruzeiro) – 24 anos

Manoel (Cruzeiro)

Outro zagueiro com chances de vestir a Amarelinha é o novo contratado do Cruzeiro, Manoel. Para mim, ele foi o melhor zagueiro da temporada passada, com muito vigor físico e ótimo posicionamento. Não deve demorar muito no futebol brasileiro e se fizer uma boa transição para a Europa terá chances claras de disputar a Copa, em seu auge físico, aos 28 anos.

Juan (Inter de Milão) – 23 anos

Juan (Inter de Milão)

Após desempenho questionável nas Olimpíadas de Londres, Juan não foi mais chamado por Mano Menezes, muito menos por Felipão. Entretanto, foi se firmando na Inter de Milão e hoje, se não é titular absoluto, participa ativamente da rotação do plantel do time, fazendo muitos jogos por ano. Tem evoluído tanto física quanto tecnicamente e pode chegarem 2018 com condições de lutar por uma vaga no grupo que vai jogar na Rússia.

Marquinhos (PSG) – 20 anos

Marquinhos (PSG)

Contratado a peso de ouro pelo PSG, o ex-romanista é um talento tão óbvio quanto precoce. Estava cotado para disputar a Copa no Brasil, mas foi preterido pelo contestado Henrique, não pela capacidade, mas pelo relacionamento que precedeu a convocação. Foi uma pena ele não ter adquirido a experiência de um mundial, mas tem apenas 20 anos e, pra mim, é nome certo na próxima Copa.

Dória (Botafogo) – 19 anos

Dória (Botafogo)

O jovem botafoguense ao meu ver é outro nome quase certo para estar na Rússia. Exceto que se perca pelo caminho ou algum excepcional prodígio precoce surja, Dória será chamado constantemente pelo próximo treinador, além de se tornar um dos melhores zagueiros do mundo. Alto, ágil, inteligente em seu posicionamento em campo, por vezes é difícil lembrar que só tem 19 anos

Santa Cruz: quando o coletivo supera o individual

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O Santa Cruz vence seu primeiro título nacional. Mas essa história poderia não ter um final feliz, se não fosse o técnico Vica.

É importante lembrar: o Santa estava flertando com o rebaixamento, quando era comandado pela dupla Sandro Barbosa/Dênis Marques.

Sim, Sandro Barbosa, mesmo que quisesse, não poderia sacar Dênis Marques da equipe. Já não era bem visto pela torcida, não colocando o ídolo da equipe para jogar, então…

Com a chegada de Vica no Arruda, chegou também a tão importante meritocracia no futebol. Ninguém mais jogaria pelo que fez, mas pelo que demonstrava ser capaz de fazer.

Entre viagens inexplicáveis a Maceió, faltas e atrasos nos treinos e seca de gols, Dênis Marques perdeu espaço. Tentou fazer o mesmo que já havia feito na época de Marcelo Martelotte: queimar o treinador.

Vica, porém, tinha o que Marcelo não possuía na época: coragem para barrar o ídolo e uma opção no banco, André Dias.

O resultado é o que vimos. O Santa subiu de produção, foi líder de sua chave na primeira fase, conseguiu o acesso e o título. Tudo isso focando num futebol coletivo, com ídolos casuais, como Caça-Rato e Dedé, que hoje foi o melhor jogador em campo. Um volante que segurou a onda defensivamente, fez um gol e deu uma assistência.

O segredo do sucesso de Vica é ter percebido que no Santa Cruz nenhum jogador é mais importante do que o grupo, exceto o 12º.

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